A crise econômica no brasil e a retomada da economia

Quando será a retomada da economia? Empreendedores questionam, preocupados. E é inevitável não pensar em um cenário sem crise quando mais da metade dos negócios foram e ainda estão sendo impactados.

Apenas para ter uma ideia do tamanho da crise econômica no Brasil, de acordo com uma pesquisa do Sebrae, 600 mil micro e pequenas empresas fecharam as portas e 9 milhões de funcionários foram demitidos nos últimos meses.

Sem falar nas adaptações ao cenário: 31% das empresas mudaram o funcionamento e passaram a adotar alternativas como o delivery, home office, horário reduzido, rodízio de funcionários e até drive thru.

O contexto é difícil, sim. Mas as empresas sobreviventes devem começar a se preparar para a retomada econômica e refletir como será o novo consumidor pós-crise do coronavírus

Neste artigo, trouxemos algumas dicas de como fazer isso. Confira!

5 dicas de como se preparar para a retomada da economia

Embora não haja previsão de quando a economia irá se “normalizar”, sabemos que isso acontecerá e é necessário se preparar.

Para te ajudar, listamos algumas dicas de como se preparar para a retomada econômica. 

1- Analise o cenário pós-crise e se adapte

A crise trouxe mudanças significativas no comportamento do consumidor e ao que tudo indica o mundo pós-pandemia não será mais o mesmo. 

Você pode estar se perguntando “por quê?”, nós respondemos: os hábitos de consumo foram transformados!

Daí as empresas devem estar atentas às tendências do mundo pós-pandemia para traçar estratégias, começar a adaptação e aproveitar melhor as oportunidades.

Nos últimos meses, por exemplo, o quadro de recessão econômica trouxe espaço para uma revisão de consumo. Ou seja, os consumidores passaram a priorizar produtos e serviços essenciais, deixando um pouco de lado outros itens. Isso vai exigir dos negócios um esforço maior para estimular esse público a consumir como antes.

Também foram registradas novas demandas. Com receio de sair de casa, muitas pessoas começaram a buscar compras online, inclusive de produtos alimentícios e produtos de saúde. Itens como supermercado, padaria e até feira, que não eram tão encomendados antes da pandemia, podem continuar pela praticidade oferecida. 

Da mesma forma, o e-commerce faturou R$9,4 bilhões em abril de 2020 e espera-se um crescimento ainda maior, uma vez que até quem nunca comprou pela internet, fechou a primeira compra durante a crise, seja por medo de sair ou por causa do fechamento do comércio.

Confira também este artigo: Como abrir um e-commerce: tudo o que você precisa saber

Muitos especialistas inclusive estão dizendo que após o fim da pandemia as pessoas ainda continuarão com medo de aglomerações. 

Por isso, o relatório da WGSN, um dos maiores escritórios na pesquisa de tendências do mundo, avalia que as empresas devem continuar restringindo o número de pessoas no ambiente e pensar uma reformulação dos espaços do comércio. 

Entre algumas medidas que poderão ser necessárias estão:

  • Redobrar os cuidados em saúde e higiene para estimular o cliente a aparecer;
  • Organizar e pensar estratégias para criar um ambiente que resgate a sensação de que os clientes estão “em casa”, protegidos de riscos;
  • Deixar o espaço bem ventilado, de preferência com ventilação natural;
  • Bares, restaurantes e lanchonetes poderão colocar algumas mesas e cadeiras na parte externa para evitar aglomerações no ambiente interno;

O home office, ou ainda reuniões à distância, também tende a ser adotado por muitas empresas. Lado a lado, observamos uma procura cada vez maior pela telemedicina, educação à distância e soluções digitais.

Para não ter o negócio prejudicado, o empreendedor deve estar atento ao cenário pós-crise e fazer as adaptações necessárias.

2- Realize um planejamento financeiro

Fazer um planejamento financeiro é essencial para avaliar os efeitos que a crise e as novas tendências poderão trazer para a empresa. 

O empreendedor deve sentar, analisar e determinar quais medidas serão adotadas para garantir a saúde financeira do negócio.

Na hora do planejamento, algumas questões podem ajudar a nortear a ação:

De que forma as mudanças ocorridas podem afetar a minha empresa?

Como minha empresa pode se adaptar a elas?

Como meu cliente foi afetado e poderá se comportar daqui para frente?

Também torna-se necessário estudar o mercado, fazer uma projeção das receitas e do orçamento para os próximos meses, além de avaliar potenciais cortes de gastos que podem ser feitos a fim de manter capital de giro suficiente para situações de emergência.

Nessa etapa, cabe aos gestores estabelecer metas, simular cenários e como o negócio poderá reagir a eles, medir os resultados conquistados e monitorar todo o processo, fazendo mudanças em seu decorrer.

3- Mantenha-se próximo do seu cliente

Estar próximo do cliente é uma vantagem a mais, já que você acompanha de perto como ele está se comportando diante do cenário e pode identificar novas necessidades, dores e desejos.

Mas não vale só detectar, é preciso agir: 

  • aproveite esse período para fazer pesquisas de satisfação e entender o que melhorar em produtos e serviços;
  • Interaja com seu cliente;
  • Pratique descontos ou promoções atrativas;
  • Pense em novas formas de oferecer seus produtos ou serviços;

Agora é momento de revisar o que você vem fazendo até então e potencializar uma melhor experiência ao usuário. Isso será um diferencial muito poderoso para que sua empresa consiga retomar o crescimento.

4- Capacite e motive sua equipe

Os funcionários são decisivos para que a empresa consiga atravessar a crise econômica no Brasil. Por isso, é essencial valorizá-los e treiná-los.

Estude alternativas e apresente à equipe de forma clara e objetiva, mostrando de que forma se dará o processo de retomada da economia, as ações que o negócio irá adotar e o que se espera deles nessa nova etapa.

Agora mais do que nunca se mostra a importância de um bom líder para transmitir segurança e garantir que todos os colaboradores estejam engajados.

5- Garanta a economia de recursos

Estamos em um momento de incertezas, em que inúmeras empresas fecharam e outras estão se equilibrando para enfrentar as dificuldades. 

Então a dica é manter o máximo de caixa possível para que em momentos de extrema necessidade haja capital de giro disponível para aplicar na empresa e não se precise recorrer ao banco.

Medidas como a antecipação de recebíveis, uma atenção maior à gestão do estoque e a negociação de novos prazos e parcelas com os fornecedores podem ser tomadas agora.

O ideal é implementar a meta de economizar recursos dentro do planejamento financeiro para pensar em estratégias como redução de custos e conseguir guardar algumas “economias”.

Planejar e se adaptar: os verbos da retomada econômica

A crise econômica no Brasil vai requerer grande esforço por parte das empresas no quesito planejamento e adaptação. 

Nesse sentido, os empreendedores devem reagir à crise, estudando o cenário e tomando medidas estratégicas para voltarem mais fortes em uma ainda incerta retomada da economia.

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